segunda-feira, 7 de maio de 2007
O videojogo é o melhor brinquedo
A partir dos anos 90, os videojogos tornaram-se para muita gente o passatempo preferido. Dos mais miúdos aos mais graúdos, as horas passadas em frente ao ecrã multiplicavam-se. Poucos não foram afectados por este boom da multimédia. As primeiras consolas tornaram-se as prendas de natal de todos os miúdos. Não me recordo de algum amigo que não tenha um game boy ou uma mega drive. Ambas foram o primeiro grande passo para o crescimento mundial desta industria, o game boy na versão portátil e a mega drive na consola fixa, ainda a 2D.
A Nintendo foi desde sempre a grande pioneira, tanto no desenvolvimento gráfico como na ideia daquilo que deveria ser um videojogo. Talvez por isso se tenha mantido tão fiel na procura do espaço de aventura, do espaço do sonho e da magia, em deterimento da simulação da realidade.
o super Mário para o game boy, tornou-se a aventura da vida dos seus jogadores. O herói “Mário”, um pequeno canalizador, (de azul e vermelho, mais tarde), com um bigode e um chapéu, é o personagem que a qualquer um de nós pode dar corpo, sempre sorridente e isento de super poderes, vai ter que ultrapassar os obstáculos valendo-se sobretudo da sua astúcia e das habilidades que for conseguindo. É uma experiência incrível, controlar um bonequinho que cresce ou que diminui, que entra em níveis secretos, que ganha poderes, que voa ou anda num submarino, que combate monstros 10 vezes maiores que ele próprio ou que corre contra o tempo. Isso tudo ao longo de 10 niveis (se bem me recordo) ininterruptamente, no qual por vezes fazíamos turnos para poder recuperar as capacidades mais elementares. Este Mário, depressa é pensado para quase todos os videojogos da Nintendo. Posteriormente, num projecto de longo prazo é pensado aquilo que viria a revolucionar definitivamente os videojogos, o Mário 64.
O jogo tornou-se num marco deste universo por conseguir estabelecer patamares gráficos e de jogabilidade incrivelmente elevados, conservando o universo abstracto e surreal no qual a Nintendo sempre pensou os seus jogos. Recordo-me de passar tardes a fio, entregue aquela aventura, empenhado na descoberta da passagem secreta, ou na conquista da estrela protegida pelos bicharocos gigantes, ou na perícia de acertar o salto que me faça chegar ao outro lado da plataforma, enfim, um sem numero de aventuras que nos obriga a uma entrega total das nossas capacidades, aliadas aos movimentos quase livres do Mário, para atingir o seu fim.
O conceito do jogo é velha estória da conquista da princesa que está encerrada num castelo, provavelmente um dos mais universais inícios dos contos de fadas. Para consegui-lo, o Mário terá que descobrir 120 estrelas, espalhadas por salas e mundos paralelos, cheios de aventuras, que vão das neves ao deserto, do céu ao inferno, enfrentado monstros e conhecendo amigos que o ajudarão, tudo isto de uma forma ora mais figurativa ora mais abstracta mas sempre de uma riqueza espacial deslumbrante, aliada ao factor anacrónico da progressão no jogo.
(Continua)
fabio (cu centrale)
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