segunda-feira, 30 de abril de 2007
Pop art?
Pois bem meus amigos, este post vai especialmente para o meu grande amigo Fábio (também ele um rabo muito jeitoso) que aturou e continua a aturar as minhas diversas divagações pseudo filosóficas.
Depois de tanto te azucrinar o juizo e trazer o termo "pop art" a torto e a direito para cima da mesa de discussão (muitas vezes quase como quem invoca o nome de Deus em vão), apresento aqui, de uma forma ousada uma visão modesta, sucinta, sobre aquilo que essa mesma corrente significa para mim.
Escrevo ainda com outra intenção; nada melhor que este tema para vos dar a conhecer melhor este "cara de cu" que vos vai escrever neste blog ;)
A pop art surge do meu ponto de vista como um elemento mediador entre aquilo a que se chama "baixa cultura" e "alta cultura", mediação essa que irá ser feita através do uso de elementos provenientes da "cultura de massas". O termo mediação é aqui correctamente utilizado visto que a pop art não pretende de qualquer forma criticar essa mesma cultura ou o consumismo em si, ou ainda a exaltação das "maravilhas" da sociedade moderna. É também ausente de intenção politica, tudo aquilo que interessa é o meio que nos rodeia, a sociedade no seu constante crescimento industrial, as imagens, os objectos os icons a urbe... O que se pretende é a aproximação da arte ao quotidiano das pessoas, pretende-se a "subjetivação artistica" daquilo que é comercial. Tranformar a impessoalidade dos objectos destinados ao consumo de massas que ganharam um sentido excessivo e estandardizado, consequência da sua constante exposição em objectos "quentes", únicos e pessoais. (faço agora um pequeno aparte pessoal para o Fábio lembrando a exposição que assistimos juntos do Marcel Duchamp. Os seus "ready-mades", a reavaliação do sentido e do significado do objecto...)
"Sometimes you fantasize that people who are really up there and rich and living it up have something you don't have, and their things must be better than your things because they have more money than you. But they drink the same Coke and eat the same hot dogs and wear the same clothes and see the same TV and the same movies. . . You can get just as revolted as they can -- you can have the same nightmares. All this is really American." Através desta citação de Andy Warhole podemos constatar alguns desses objectos a que me refiro (coca-cola, cachorros-quente, televisão, cinema etc...) e também a intenção da aproximação entre os dois "mundos".
Desde a sua criação que a "Pop art" foi alvo de acesas discussões e criticas. Muitos intelectuais recusaram e ainda recusam a "Pop art" como uma arte. Causa transtorno observar objectos banais, produzidos em massa tornarem-se singulares, exclusivos e serem postos ao lado de obras que desde a sua criação foram consideradas únicas e irreproduzívei.
Fazendo alusão ao mito grego de Prometeu, o titã que desafiou os Deuses roubando o fogo para dar ao Homem, a arte pop aproximou aquilo que antes era visto apenas para uma comunidade fechada, para a cultura do dia-a-dia das massas. A arte passou a ser parte integrante da vida das pessoas ainda que de uma forma "dissimulada".
"I am for the art of underwear and the art of taxicabs. I am for the art of ice cream cones dropped on concrete."
-Claes Oldenburg
"Pop Art is industrial painting. I think the meaning of my work is that it is industrial, it's what all the world will soon become. Europe will be the same way, soon, it won't be American; it will be universal."
-Roy Lichtenstein
Robert Rauschenberg
"I think a painting is more like the real world if it's made out the real world."
"The artist's job is to be a witness to his time in history."
"You begin with the possibilities of the material."
"An empty canvas is full."
-Robert Rauschenberg
Cara de Cu
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1 comentário:
Eu gosto de pop art.
E não posso deixar de admirar essas 3 personagens. O cara de cu (nao sabia k te chamavam isso lol), e os dois cus ao leu (que assim dessa perspectiva não estou a reconhecer..)
Ai as coisas que eu descubro..
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